sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ANOTAÇÕES SOBRE A VIDA UNIVERSITÁRIA EM PIRACICABA - Década de 1960

No tempo de estudo preparatório para a entrada nas universidades ou para o mercado de trabalho, entre 1959/60, numerosos estudantes do curso cientifico e do clássico do Colégio Piracicabano e do Colégio Estadual Sud Menucci freqüentavam os bares e café que também eram freqüentados pelos estudantes de agronomia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz e alguns poucos aposentados.

Os bares do centro da cidade e em volta do jardim da Praça José Bonifácio eram o Gioconda, o Brasserie, bar do Tanaka (em frente do Clube Coronel Barbosa) e Café Haiti (na rua Morais Barros, quase na esquina da Praça da Catedral), do Cine Broadway (na rua São Jose), na Leiteria Brasileira (esta na rua São Jose esquina da Praça José Bonifácio), no Bar e Café Nova Aurora.

Era comum esses estudantes e jovens piracicabanas andarem pela calçada de frente do Cine Politeama, no largo da Catedral, na Confeitaria do Passarela e Café Senadinho e da Leiteria Brasileira e ir as vezes até o Cine Broadway (na Rua São José). Andavam em fila de 3 a 4 “meninas” na calçada e na calçada e frente andavam os “meninos” para “paquerar” as garotas além de também “rodearem” as garotas na entrada do Cine Colonial na rua Benjamim Constant (onde hoje é a sede da Igreja Carismática).

Ao lado e no meio fio da calçada, e em frente ao café Haiti, muita vezes os jovens convidavam as “meninas” para conversas que geralmente terminavam em namoro. Também iam ao bar Nova Aurora, na esquina da Praça José Bonifácio, para tomar as cervejas e bater papo, porque agricolão” que se prezasse era formado em ‘bramalogia”. Ao final completavam a noite comprando pães na Padaria Inca para lanchar nas repúblicas.

O quarteirão onde se encontrava o Politeama (local onde anteriormente havia o Banco Comércio e Indústria, depois uma residência, a seguir a “Escola de Contabilidade Cristovão Colombo” do Zanin) ao lado uma sobrados de escritórios e bares a partir dos anos noventa foi ocupado pelas agências bancárias e em 2010 as agências do Bradesco, Itaú, e Nacional, e um estacionamento de carros pertencente aos mesmos bancos.

No café Haiti (na Rua Moraes Barros quase na esquina da Praça José Bonifácio) muitas vezes alguns estudantes mais abonados convidavam suas “minas” e amigos para tomar “banana split” com guaraná, ou então os freqüentadores antes e após do cinema paravam ali para tomarem café expresso de máquina italiana última novidade daquela época, completando a noite no Bar “Bola Sete”, do pai do Edson Carraro, um notívago F65, onde o Petrolisses, figura ímpar da cidade, tocava piano para alegrar os freqüentadores do Bar Bola Sete do Carraro.

A vida noturna e o comparecimento aos imprescindíveis cinemas e aos clubes sociais dos estudantes da escola Luiz de Queiróz e depois no início dos anos sessenta aumentou esta freqüência no centro da cidade com o funcionamento da então nova Faculdade de Odontologia de Piracicaba, inicialmente uma faculdade municipal que depois foi incorporada à Unicamp.

Alguns dos “agricolões” formados em 1965, os F65 ou da chamada “Turma de Ouro”, moraram em casas de familiares (os nativos) ou nas repúblicas (estrangeiros). Dessas, as que mais tiveram experiências notáveis foram: o Pito Aceso, Vai quem quer, Adega KTT, Mosteiro, Copacabana, Buraco do Sossego para se ter idéia do grande número delas e sua influência na vida social duma cidade que começava a desenvolver e poderíamos dizer que o município “partia para o arranque” em termos de desenvolvimento econômico.

Várias outras repúblicas permeavam na cidade toda de acordo com o interesse dos estudantes de agronomia de casa, locadas de acordo com suas disponibilidades financeiras eram: a Soroca, uma das mais velhas e celebres da cidade, na Rua Dom Pedro I, a dois quarteirões da estação da Estrada de Ferro Sorocabana; a Sputinik, Saudades da Mamãe, Maloca, Buraco de Onça, Fazendinha, Invernada, Senzala, Favela, Mansão dos Dráculas, Jacarepaguá, Até que enfim, KKareco, Rancho Fundo, Necrotério, Casa de Família, San Quentim, Baby Doll, RP., Monte Carlo, Império da Felicidade, Esplanada, Panela, Beco do Sossego, que foram e constam nos registros do livro “A Turma de Ouro” de outubro de 1990. Nestas repúblicas viveram os “atores” que criaram e viabilizaram a construção do Centro Acadêmico Luiz de Queiróz.

Em 16 de Setembro de 1962, foi inaugurada a Casa do Estudante da ESALQ, com a presença do Reitor da USP, Artur de Barros Ulhoa Cintra; do diretor da ESALQ, dr. Hugo de Almeida Leme;  do presidente e acadêmico do CALQ, Roberto Cano de Arruda; do prefeito municipal Alberto Cury(23/11/62 a 31/12/63), de José Calil, presidente da Sociedade Paulista de Agronomia, com a realização do coquetel e um churrasco na beira do rio, na final da rua da zootecnia da ESALQ.

No mesmo ano de 1961, Janio da Silva Quadros um governador que revolucionava administrativamente o estado e apoiava o ensino universitário consignou no orçamento verba de $3milhões de cruzeiros, para o CALQ, e conseguia uma autorização para a Caixa Econômica Federal emprestasse $6 milhões para a obra de construção.

Motivados pelo início da construção e obras do CALQ a Assembléia Legislativa onde agrônomos tinham no deputado estadual José Calil (engenheiro agrônomo) um defensor da classe na Sociedade Paulista de Agronomia, pois este conseguiu que o Centro Acadêmico (CALQ) fosse declarado de utilidade pública por lei estadual em 1962.

Apos os seis anos de construção foi inaugurada a nova sede do Centro Acadêmico, em 24 de Maio de 1963, e declarado de utilidade pública municipal pela Câmara Municipal de Piracicaba e em 1964, sancionada pelo prefeito da época Luciano Guidotti (11/1/64 a 07/7/68), prefeito este que estimulava a expansão da cidade, estimulava a criação de faculdades e criava novas perspectivas para o desenvolvimento da cidade, fazendo com que a imprensa local rotulasse a cidade de nova Atenas Paulista.

Envolveram-se por seis anos na construção da sede as diretorias do CALQ cujos presidentes foram os acadêmicos: José Cassiano Gomes dos Reis Jr., Antonio Guaçu D. Piteri, João Pinheiro da Silveira Filho, Roberto Cano de Arruda, Vitor Argollo Ferrão Neto, e Cristiano Valter Simon (Kixu).

José Cassiano Gomes dos Reis junto com o diretor da ESALQ, Dr. José Benedito de Camargo, conseguiram com o usucapião do terreno do CALQ com o apoio jurídico do advogado Jacob Diehl Neto.
A construção contou com a participação de uma plêiade de estudantes formados e numa Comissão de Construção do edifício do Centro Acadêmico Luiz de Queiroz. Para a execução da obra e consolidação do CALQ. mas foi essencial a participação dos Antonio; o nosso Titico,que gerenciava o Calq, seu filho, e também o cobrador de mensalidades o “seu”Arlindo.

Lembramos que o Centro Acadêmico Luiz de Queiróz, com o qual os alunos tinham sonhado desde o ano de 1901, quando iniciaram suas atividades na escola, em fundar o Centro Acadêmico, inicialmente o Grêmio acadêmico Luiz de Queiroz, foi construído pelos colegas ainda estudantes mas com pensamentos de universitários formados .

Na inauguração da nova sede, em 24 de maio de 1963, estivam presentes o presidente do Calq, Roberto Cano de Arruda; o diretor da ESALQ, dr. Hugo de Almeida Leme; o advogado e benfeitor do Calq, Jacob Diehl Neto; o ex-presidente do CALQ, eng. agro. Guaçu Pieri; o presidente da Sociedade Paulista de Agronomia; eng. agro. José Calil diretor da mesma sociedade; o prefeito municipal de Piracicaba Luciano Guidotti e o ex-presidente do Calq, José Cassiano Gomes dos Reis.

As lembranças dessa inauguração e desse dia são inolvidáveis pelo que representou para os jovens estudantes de agronomia que deixaram uma sede que era um prédio velho, no sobrado das oficinas do Diário de Piracicaba, uma construção velha e depauperada, alugado pelos diretores, praticamente de favor, sem segurança para um prédio novo assobradado, com salão enorme, com inúmeras salas e funcional para atender aos alunos sócios da Esalq .

O funcionário do CALQ, que foi um gigante durante e após a inauguração foi Adriano Nogueira. Ele participou da construção do centro e foi convidado para falar durante as solenidades. Falou emocionado para a multidão presente na solenidade: “ No dia 24 de Maio passagem do 54º. da fundação do CALQ., Piracicaba irmanada à classe universitária rejubilou-se com a inauguração da sua sede própria da entidade representativa de dois alunos de nossa renomada escola de agronomia conforme consta em “Uma turma de Ouro” de Roberto Rodrigues.

Após outubro de 1965, deixava o cargo de presidente do Centro Acadêmico, Egon Janos Schatmanski, assumindo o cargo o acadêmico Arciley Alves Pinheiro.

O CALQ, na presidência de Cristiano Valter Simon, aceitou a imposição da denominação de Diretório Acadêmico, devido a Revolução de 31 de Março de 1964 e ficou com esta denominação até que assentou a “poeira”e o centro voltou a normalidade ao antigo nome, pois o Centro nunca mais foi o mesmo, e nunca teve mais a freqüência e a liderança de antes de sessenta e quatro, como pudemos ver nas visitas que vários formandos de sessenta e cinco faziam ao Centro Acadêmico Luis de Queiroz, quando comemoravam os qüinqüênios de formatura.

Este relato procura reviver a época de ouro e parte da vida acadêmica da TURMA de OURO, F.65, da ESALQ  (Escola superior de Agricultura Luiz de Queiróz).








sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ESALQ-USP: ANOTAÇÕES SOBRE A VIDA UNIVERSITÁRIA E AS REPÚBLICAS DE PIRACICABA.

No tempo de estudo preparatório para a entrada nas universidades ou para o mercado de trabalho, entre 1959/60, muito estudante do curso cientifico e do clássico do Colégio Piracicabano e do Colégio Estadual Sud Menucci freqüentavam os bares e cafés que também eram freqüentados pelos estudantes de agronomia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz.
Freqüentavam os bares do centro da cidade estudantes, jovens professores e alguns poucos aposentados. Os bares do centro da cidade e em volta do jardim da Praça José Bonifácio eram o Gioconda, o Brasserie, bar do Tanaka (em frente do Clube Coronel Barbosa) e Café Haiti (na rua Morais Barros, quase na esquina da Praça da Catedral), do Cine Broadway (na rua São Jose), na Leiteria Brasileira (esta na rua São Jose esquina da Praça José Bonifácio), no Bar e Café Nova Aurora.
Era comum os estudantes e jovens piracicabanas andarem pela calçada de frente do Cine Politeama, no largo da Catedral, na Confeitaria do Passarela e Café Senadinho e da Leiteria Brasileira e ir as vezes até o Cine Broadway (na Rua São José). Andavam em fila de 3 a 4 “meninas” na calçada e na calçada e frente andavam os “meninos” para “paquerar” as garotas além de também “rodearem” as garotas na entrada do Cine Colonial na rua Benjamim Constant (onde hoje é a sede da Igreja Carismática).
Ao lado e no meio fio da calçada, e em frente ao café Haiti, muita vezes convidavam as “meninas” para conversas que geralmente terminavam em namoro. Também iam ao bar Nova Aurora, na esquina da Praça José Bonifácio, para tomar as cervejas e bater papo, porque agricolão” que se preze sempre foi formado em ‘bramalogia” e completavam a noite comprando pães na Padaria Inca, para lanchar nas repúblicas.
O quarteirão onde se encontrava o Politeama, antes dele havia o Banco Comércio e Indústria, depois uma residência, a seguir a “Escola de Contabilidade Cristovão Colombo” do Zanin, ao lado uma sobrados de escritórios e bares após os anos noventa foram ocupados pelas agências bancárias e em 2010 as agências do Bradesco, Itaú, e Nacional, e um estacionamento de carros pertencente aos mesmos bancos. No café Haiti (na Rua Moraes Barros quase na esquina da Praça José Bonifácio) muitas vezes alguns estudantes mais abonados convidavam suas “minas” e amigos para tomar “banana split” com guaraná, ou então os freqüentadores antes e após do cinema paravam ali para tomarem café expresso de máquina italiana ultima novidade daquela época, completando a noite no Bar “Bola Sete”, do pai do Edson Carraro, um notívago F65, onde o Petro-lisses figura ímpar da cidade que tocava de piano, para alegrar os freqüentadores.
A vida noturna e o comparecimento aos imprescindíveis cinemas e aos clubes sociais dos estudantes da escola Luiz de Queiroz e depois no inicio dos anos sessenta aumentou esta freqüência no centro da cidade com o funcionamento da nova Faculdade de Odontologia de Piracicaba, inicialmente uma faculdade municipal que depois foi incorporada à Unicamp .
Alguns dos “agricolões” formados em 1965 (os F65 ou da chamada “Turma de Ouro”) moraram em casas de familiares, ou seja, eram “nativos”. Outros moravam em casa alugadas por um grupo de estudantes nas chamadas repúblicas. Nesta época em que o município “partia para o arranque” em termos de desenvolvimento econômico havia muitas repúblicas que influenciavam sua vida social. As mais notáveis foram: o Pito Aceso, Vai quem quer, Adega KTT, Mosteiro, Copacabana, Buraco do Sossego.
Várias outras repúblicas existiam na cidade toda de acordo com o interesse dos estudantes de agronomia e suas disponibilidades financeiras. Citamos algumas delas: a Soroca; uma das mais velhas e celebres da cidade, na Rua Dom Pedro I, a dois quarteirões da estação da Estrada de Ferro Sorocabana, a Sputinik, Saudades da Mamãe, Maloca, Buraco de Onça, Fazendinha, Invernada, Senzala, Favela, Mansão dos Dráculas, Jacarepaguá, Até que enfim, KKareco, Rancho Fundo, Necrotério, Casa de Família, San Quentim, Baby Doll, RP., Monte Carlo, Império da Felicidade, Esplanada, Panela, Beco do Sossego (RODRIGUES, Roberto, “A Turma de Ouro”, 1990).
Nesta época também foi muito significativa a atuação do movimento estudantil representado pela construção da nova sede do CALQ (Centro Acadêmico Luis de Queirós). Os alunos sonhavam em construir uma sede para o Centro Acadêmico desde a primeira década do século XX quando iniciaram suas atividades na escola. Além disso, a diretoria e associados do CALQ lutaram para que a ESALQ-USP construísse uma moradia para os estudantes de menor poder aquisitivo. Resultado desse movimento foi a construção da moradia inaugurada em 16 de Setembro de 1962 com a presença do Reitor da USP, Artur de Barros Ulhoa Cintra, e o diretor da ESALQ dr. Hugo de Almeida Leme,  do presidente e acadêmico do CALQ, Roberto Cano de Arruda (?), e o prefeito municipal Alberto Cury(23/11/62 a 31/12/63), de José Calil, presidente da Sociedade Paulista de Agronomia, com a realização do coquetel e um churrasco na beira do rio, na final da rua da zootecnia da ESALQ.
A inauguração da nova sede do CALQ foi em 24 de maio de 1963, com a presença do presidente do Calq, Roberto Cano de Arruda; do diretor da ESALQ, prof. dr. Hugo de Almeida Leme; do advogado e benfeitor do Calq, Jacob Diehl Neto; do ex-presidente do CALQ Guaçu Pieri; do presidente da Sociedade Paulista de Agronomia, José Calil; do prefeito municipal de Piracicaba Luciano Guidotti.
Em 1961, Janio da Silva Quadros, um governador que revolucionava administrativamente o estado e apoiando o ensino universitário consignou no orçamento verba de CR$3milhões de cruzeiros para o CALQ e conseguiu uma autorização para que a Caixa Econômica Federal emprestasse CR$6 milhões para a obra de construção da sede do CALQ.
A construção contou com a participação de uma plêiade de estudantes formados e com a Comissão de Construção do edifício do Centro Acadêmico Luiz de Queiroz, mas foi essencial a participação do Antonio (o nosso Titico) que gerenciava o Calq, seu filho bem como o cobrador de mensalidades o “seu”Arlindo. Motivados pelo início da construção do CALQ o deputado estadual José Calil (engenheiro agrônomo defensor da classe) conseguiu na Assembléia Legislativa que o CALQ fosse declarado de utilidade pública estadual em 1962.
Após seis anos de construção foi inaugurada a nova sede do CALQ, em 24 de Maio de 1963, e declarado de utilidade pública municipal pela Câmara Municipal de Piracicaba em 1964, lei sancionada pelo prefeito da época Luciano Guidotti (11/1/64 a 07/7/68), prefeito este que estimulava a expansão da cidade e a criação de faculdades e criava novas perspectivas para o desenvolvimento da cidade, fazendo com que a imprensa local rotulasse a cidade de nova Atenas Paulista.
Envolveram-se na construção as diretorias do CALQ por seis anos e tiveram como presidentes os acadêmicos: Cassiano Gomes dos Reis Jr., Antonio Guaçu D. Piteri, João Pinheiro da Silveira Filho, Roberto Cano de Arruda, Vitor Argollo Ferrão Neto, e Cristiano Walter Simon,( o Kixu, no ano 63/64) dos F65.
As lembranças dessa inauguração e desse dia são inolvidáveis, pelo que representou para os jovens estudantes de agronomia que deixaram uma sede que era um prédio velho, no sobrado das oficinas do Diário de Piracicaba, numa construção velha e depauperada, alugado pelos diretores, praticamente de favor, sem segurança para um prédio novo assobradado, com salão enorme, com inúmeras salas e funcional, para atender aos alunos sócios da Esalq .
Adriano Nogueira, funcionário do CALQ, foi um gigante durante e após a inauguração. Participou da construção do centro e foi convidado para falar durante as solenidades falou emocionado: “ No dia 24 de Maio passagem do 54º. da fundação do CALQ., Piracicaba irmanada à classe universitária rejubilou-se com a inauguração da sua sede própria da entidade representativa de dois alunos de nossa renomada escola de agronomia.” (RODRIGUES, Roberto, “A Turma de Ouro”, 1990),
Após outubro de 1965, deixava o cargo de presidente do Centro Acadêmico, Egon Janos Schat-manski, assumindo o cargo o acadêmico Arciley Alves Pinheiro.
O CALQ, na presidência de Cristiano Walter Simon, aceitou a imposição da denominação de Diretório Acadêmico, devido ao Golpe Militar de 31 de Março de 1964 e ficou com esta denominação até que assentou a “poeira”e o centro voltou à normalidade com seu antigo nome. Mas o Centro nunca mais foi o mesmo e nunca teve mais a freqüência e a liderança de antes de sessenta e quatro, como pudemos notar nas visitas que nós formandos de sessenta e cinco fizemos ao Centro Acadêmico Luis de Queiroz, quando comemorávamos os qüinqüênios de formatura.
Este relato procura reviver a época de ouro e parte da vida acadêmica da TURMA de OURO, F.65, da ESALQ.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Fotografia que registra visita dos universitários de agronomia a Carazinho, RS

Excursão dos estudantes universitários a uma área de plantio de soja no município de Carazinho, RS - 1961

Sete universitários que participaram do estágio de férias no PAP (Posto Agropecuârio) de Carazinho do Ministério da Agricultura. Na foto estão verificando a cultura de soja na época de florescimento na fazenda de um médico na zona rural.



Homenagem do Clube Juvenil Rural "O Pioneiro" de Piracicaba

 Em 1965 os sócios do Clube Juvenil Rural "O Pioneiro"  do bairro Campestre de Piracicaba fizeram uma homenagem aos estudantes universitários - José Norival Augusti e Darcy Beissman-  entregando a placa cuja imagem segue abaixo.

Documento: título de sócio do Clube Regatas Piracicaba

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Projeto Viveiro de Cana - Clube Juvenil Rural O Pioneiro

Plantio de mudas
Foto do Projeto Mudas de cana de Açúcar Livre de Doenças do Clube Juvenil Rural "O Pioneiro" de Piracicaba,S.P., criado pelo Departamento de Extensão Rural da Esalq e do Calq (Centro Academico Luiz de Queiróz), no Bairro Campestre, pelos alunos e sócios do Calq - Darcy Beismann, José Norival Augusti e Maria Helena Calafiori - em 1964. Na foto vê-se clubistas Schiavolin e Cristofoleti moradores do bairro colocando a placa indicativa do Projeto Viveiro de Mudas de Cana.
Os professores orientadores deste projeto foram: Dr. José Molina e Dr Ariovaldo Queda.
Os viveiros de variedades de cana de açúcar em três propriedades do bairro do Campestre foram instalados após levantamento da situação das variedades nas culturas do bairro, que tinham diversas doenças de vírus e bactérias transmitidas pelo uso constante das mesmas variedades sem tratamento. Foi contactado o Viveiro de mudas do Instituto de Açúcar e Álcool de Araras e eles cederam um caminhão de mudas tratadas livres de virus e bactérias para tres campos de cultivares livres de doenças, e estes foram doados e cedidos a três pais dos alunos do Clube(CJRoP), para redistribuir no ano seguinte para outros pais de clubistas. O contato com o Instituto de Açúcar e Álcool de Araras foi feito pelos professores universitários Molina e Queda que conseguiram as mudas para demonstração e o caminhão para transporte das mudas foi emprestado pelo Schiavolin.
Na época eu era estagiário de Extensão Rural e a foto registrou o momento em que estou fixando a base da placa acompanhado de meus colegas clubistas Schiavolin e Cristofoleti .

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Artigo da Folha de Piracicaba

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Indicação de site sobre o CALQ

No site da USP tem um texto que trata da comemoração dos 100 anos do CALQ. Veja em: 100 anos do CALQ

Lembranças de 31 de março de 1964

No dia 30 de março de 1964 os sócios  do Centro Acadêmico Luis de Queiroz (Calq) foram convocados para uma assembleia extraorinária na sede que ficava no andar superior num sobradão na rua Prudente de Moraes (no andar térreo funcionavam as oficinas e de redação do Diário de Piracicaba). Enfim, lá fomos nós na Sala de reuniões que ficava no final do corredor das salas do Calq e que servia para guardar caixas e materiais do bar do Centro. No início da reunião, após ser feita a verificação de presença e colocada em pauta o motivo da assembléia - "Greve geral das Escolas superiores contra o golpe militar"  que falava-se aconteceria nas próximas horas ou dias - houve a inscrição dos oradores. Estavam inscritos vários oradores e entre eles um que seria professor da Esalq (cujo nome não me lembro). Ele subiu no caixão vazio de garrafa de cerveja (brama) e num ímpeto apontando para nossa direção disse: "È ele!" e apontava na nossa direção. Todo mundo da assembléia olhou para o nosso lado. E repentinamenrte apontou para o lado contrário com os dedos estendidos e disse: "É ele!!" e todo mundo olhou para o lado que ele apontava. E continuou apontando para mais duas direções e finalmente disse: "Estão Vendo. A turba não pensa, ela vai para onde alguém aponta ou conduz. Por isto vamos pensar se entramos ou não em greve." E todo mundo ficou pensativo e serviu para a assembléia decidir melhor se entrava ou não em greve. Mas devido à atmosfera reinante na universidade a assembléia votou pela greve e também devido a outros oradores que nos convenceram que os militares pretendiam tomar o poder e dar o golpe. E os alunos da Esalq. entraram em greve.
Esta situação demonstra que a minoria quando conduzida por líderes pode tomar decisões que podem afetar a sociedade.



sábado, 27 de fevereiro de 2010

Estágio em Moinho Velho, Cotia, 1962

Em frente dos alolajamentos do Centro de Treinamento do Moinho Velho,Cotia, da  Cooperativa de Cotia, vendo-se a esquerda o acadêmico José Norival Augusti, Velho, estagiário, um instrutor, duas funcionárias da FECAESP. Estávamos, Verino Ramos Cruz e eu, estagiando neste local nas férias de 1962.

Estágio dos esalqueanos - 1962




Da esquerda para a direita, segundo José Gonçalves (F 65): Paulo Ferreira da Rosa, Fernando Duarte Conceicão, Carlos Eduardo Heise(???), Pedro Duarte, José Norival Augusti (o inefável Rats F65), Joji Matuda, Nélson Bortoletto, Artur Micotti Netto (???).

A foto é um registro da partida dos estudantes esalqueanos do aeroporto de Congonhas(SP), estagiários do Ministério da Agricultura, para o Brasil inteiro. Eles foram estagiar nos Postos Agropecuários do Ministério nas férias do ano de 1962.


Curso de líderes rurais

Despedida do Curso de 1o. Líderes Rurais, Fazenda Moinho Velho localizada em Cotia, 1962.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Excursão ao Mirante de Piracicaba - 1962

Excursão dos estagiários do Curso de Líderes Rurais Cooperativistas ao Mirante de Piracicaba (1962).

O curso de líderes rurais cooperativistas foi realizado na Fazenda Moinho Velho em Cotia, SP. Ela pertencia à Cooperativa Agrícola de Cotia,SP.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Estágio de Pré-serviço dos agrônomos regionais da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo - 1966-  CETREC - Campinas.

Detalhe: sou o segundo da esquerda para a direita. Estou entre dois colegas, à minha direita está Darci Beissman e à minha esquerda está Luis Carlos Guedes Pinto.
Excursão dos estagiários da ESALQ, Universidade Rural do Rio de Janeiro, Univiversidade Rural do Ceará- CE., Sojal em Carazinho,R.S nas férias de1961.
 Esta excursão foi  promovida pelo PAP(Posto Agropecuário de Carazinho, RS) do Ministério da Agricultura brasileiro.